Polly
Conto minhas moedas,
- trinta e cinco centavos..
É o suficiente! Saio correndo..
O dinheiro apertado na mão,
Nenhuma moeda me pode escapar,
Pelas ruas, meio correndo, meio cambaleante
Chego em fim, à minha frente a sórdida Pharmácia
Olho para as moedas,
daria pra comprar um monte de doce,
Não preciso de doces agora, penso.
Entro meio que desconfiada..
Eles iam perceber minha intenção desesperada?!
Não percebem no fim das contas,
Mal olham na minha cara, prefiro assim.
Peço o remédio, com a segurança de quem me compra cigarros
O moço corta o comprimido e me entrega, apontando para o caixa.
Eu sigo até lá, entrego minhas moedas..
Nenhum centavo se quer me volta.
Rasgo a embalagem ali mesmo,
Mas que droga!
Falta a água, volto pra onde estava..
Um tanto quanto menos desesperada,
Vou ao bebedouro, Opa! sem fila..
Finalmente tomo meu remédio.
Agora é só esperar fazer o efeito desejado.

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Colando os pedaços,
Costurando os remendos.
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