Polly
[Isso talvez devesse ser secreto, segredo guardado, mas decidi escrever aqui, a quem se dirige espero entender, aos demais, fiquem com mais um dos meus devaneios.]

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Oi..

- Como começar então.. tenho tanto que dizer, os acontecimentos recentes me deixaram perdida, sem norte, nem chão. Não que culpe você, ou alguém (não agora, não mais), sei que a culpa é exclusivamente minha. Também não quero que penses que o fato de querer manter certa distância não é por não sentir mais o que sentia, muito pelo contrário, é por ainda sentir, mesmo depois de tudo o que aconteceu, e querer me agarrar a essa situação, de uma forma desesperada eu diria, para tentar finalmente, matar isso que me fez tanto e bem e tanto mal. Não espero que você me entenda, e sei que não acredita, mas isso sinceramente, hoje, não muda nada. O tempo não volta e lágrimas caídas, não podem mais ser evitadas.
Não espero que ninguém compreenda toda minha dor, sofrimento e angústia, sabe aquele ditado "a esperança é a última que morre?" - pois bem, ele é bem verdadeiro, só não consta que, quando ela morre você morre também, ou ao menos parte de você, o resto só sobrevive, e as vezes nem isso. E foi isso que morreu, não meus sentimentos, não acredito que sentimentos verdadeiros morram e apesar de não saber explicar como, porque ou de onde vem, sei que está ai e que é de verdade, o que morreu e estou tentando a todo custo deixar bem morta e enterrada é a droga da esperança, - Maldita! Que causa tantas ilusões, mas traz também como conseqüência a dor, finita, felizmente, mas que mata e seca também, quando ela morre tudo acaba ali.
Hoje me sinto apenas vazia, sem dor ou sofrimento, mas sem alegrias ou vontades também.
Mas um dia tudo passa, embora o vazio jamais possa ser preenchido novamente, e não tenha a certeza de que meus sorrisos voltem a ser iguais.
Um dia passa, porque a vida segue.
E eu, ainda amo você.
E sempre será assim.


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Sinto-me melhor.
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