Polly
- Apertada, sufocada, limitada.

- Me sinto assim, hoje, ontem, e amanhã também. Minhas forças parecem no fim, eu que sempre fui incrivelmente forte. Golpe após golpe e parece que finalmente conseguiram me levar à lona.

- Chega, cansei! de lutar, de tentar, quero mesmo é fugir daqui, fugir de todos, abandonar, tudo, todos, até os que me são caros, pois esses me prendem as minhas dores.

- Depois dos golpes certeiros, deferidos a punhos cerrados, me entrego aos meus medos, e mergulho no precipício, silenciosa, sozinha. Parece sem fim.. parece. Talvez esse seja o único modo de ganhar asas afinal.

- Mas acima de tudo, eu suporto, suportei, mas, até quando vou suportar?! Não sei.

- Ontem nos últimos minutos antes do sono me arrebatar, eu pedi, pedi, inúmeras vezes, pra acordar doente, com febre, talvez as dores do corpo, me façam esquecer, ainda que por um segundo, as dores que de fato me fizeram, fazem, chorar.
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